MÁQUINA DE ABRAÇAR
Também cansa o abraço
O braço te aperta
O laço me sufoca
Misturado o braço
Às coisas físicas do mundo
Teme perder o encanto
O abraço, no entanto,
Instabilidade do músculo
Sem controle,
Sem paixão,
Coisa pouca...
Um pênis morto.
INÉRCIA
Enfrento tua resistência
Inerte horizontal.
OS MAQUINISMOS DO INCONSCIENTE
Exaurido Inconsciente
Mudo falo flácido
Abandona a carcaça
Livre a borboleta
Libido solta
Lábios leves
Metáforas azuis
Flores da ira
Colorem a inebriante manhã.
UM HOMEM SEM PAU
Por ser belo, coisa gosma
Baba, barba, larva
Um homem sem pau
Não pensa,
descansa de pensar.
Não fere, não rasga.
Escorrega
Se perde aos poucos
meio à bruma
Do rio pela manhã.
Um homem sem pau
Sai sem entrar.
ana, nov/2009
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