por Ana Chiara
Homens mínimos tropeçam na ilusão,
tropeçam nos pés, trôpegos.
Homens mínimos, espetáculo ilusório.
lamela colada ao rosto.
Homens mínimos demais quando dormem.
Evidentes no escuro. A cama intacta.
Mínimos, iscas infraleves. Hipostasiam o real faltoso.
Homens mínimos deslocam-se no desejo como baratas tontas.
Microscópicos, adiam o inevitável bater de asas do dia.
Infantis, falam demais. Seduzem a Língua.
Mimetizam tamanduás-bandeira comem formigas, tartamudeiam.
Ágeis, às vezes engraçados, vorazes, voláteis, evaporam-se.
Saem deixar rastros na pele,
São favas contadas.
11 /09/10
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